quinta-feira, 7 de fevereiro de 2019

8. Tendência de IA

Título do Artigo: Inteligência artificial começa a entrar na moda.
Autora: Marília Masculifloro.

Link: https://link.estadao.com.br/noticias/inovacao,inteligencia-artificial-comeca-a-entrar-na-moda,70002728249


Resumo






A experiência desagradável de ver a esposa experimentar dúzias de calças jeans e nenhuma servir direito inspirou um americano a criar a empresa TrueFit, uma startup cujo algoritmo analisa mais de 200 atributos diferentes de uma peça de roupa, de tecido e caimento a detalhes de estilo, silhueta e costura. Quando o usuário informa que na marca X, veste o tamanho Y, a inteligência artificial da empresa é capaz de dizer o modelo correto em outra grife. Tal desempenho atraiu US$ 100 milhões em aportes de investidores como a Intel. Mais que isso, é uma das principais soluções de inteligência artificial (IA) para tornar a indústria da moda mais assertiva. 
No Brasil, há diversas marcas usando a inteligência dos computadores para tentar prever a próxima palavra na moda e desenvolver novas coleções em cima disso. Um dos exemplos é a Amaro, pioneira a usar o conceito de “loja guia”, na qual o usuário prova peças e depois faz o pedido pela web. Nos últimos anos, a empresa também coletou dados sobre o que mais interessa seus clientes para orientar um algoritmo na criação de novos produtos. Quem também aplica IA na área criativa da moda é a startup catarinense Coleção Moda (CM). A empresa criou a Donna, primeiro robô brasileiro que prevê tendências a partir de dados de desfiles. No início ela errava um pouco, mas agora consegue ser mais assertiva. Um dos exemplos é a tendência neon: febre no verão de 2019, ela foi prevista por Donna em agosto de 2018. Já a gigante de tecnologia Amazon tenta fazer a Alexa, sua assistente virtual, ser capaz de opinar sobre o look do usuário. Hoje, o sistema, controlado por voz, já acerta bastante – mas ainda está longe de ser tão interativo.
Para Romney Evans, da TrueFit, porém, é difícil imaginar que estilistas serão substituídos por robôs ou que sistemas de inteligência artificial poderão criar coleções perfeitas, da concepção das costuras até as vendas. “Os dados ainda não substituem o trabalho humano”, afirma. “Eles só ajudam a fornecer pílulas de inspiração em larga escala.” 
Tudo isso, porém, é resultado de anos de coleta, armazenamento e cruzamento de informações. Não há milagre: todo algoritmo tem de ser alimentado por dados. Por isso, para que o uso dessa tecnologia na moda continue a avançar, o setor como um todo precisa se integrar – e dedicar um tempo coletando subsídios.

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